segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Afogando-se no Provável Ideal

Logo que eu começo a pensar aquele monte de besteiras, eu corro até o meu quarto e abro meu guarda-roupa depressa.
Meu olhos até brilham ao encontrá-lo, posso imaginá-lo encostado no meu corpo, me auxiliando, me ajudando...
Passando por tudo que será cansativo e complicado, comigo. Eu posso ver, através dele, o que está por vir.
O meu sonho, o meu futuro. Posso ouvir meus pés correndo, quase furando o chão, à caminho de curar.
Aquele salto baixo, fazendo um barulho extremo, apressando-me. Eu até me vejo, colocando as luvas, cronometrando o tempo.
Toda aquela exaustidão sumindo, aquele cansaço desaparecendo, e eu me alimentando. Me alimentando de prestar socorro.
De repente eu sinto, toda essa energia me tomando, toda essa adrenalina a mil...Eu até deixo de me preocupar comigo mesma.
Não importa como eu estou, dá pra entender? É tudo muito maior, é tudo muito mais real quando eu estou ali, de pé.
Oscilando e fibrilando quase que junto a eles.
E olha que, por enquanto, só estou à frente do meu guarda-roupa.



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