quarta-feira, 9 de março de 2011





Tenho dormido pouco, não gosto dessa idéia de fechar os olhos... Me assusta.
Já é bem difícil se manter atento de olhos abertos. Os juntar das minhas pálpebras é como um ato de fraqueza, falta de coragem de encarar a realidade. Manter os pés no chão não é fácil, principalmente quando o que mais queremos é voar.
Não tenho tempo para experimentar a liberdade, vivo com pressa e com medo.
Pressa porque quero fazer tudo antes que o tempo acabe.
E medo porque sei que vai acabar, e a dor é inevitável.
Me desfiz de todos os relógios, guardei-os na gaveta. Uma gaveta que quase nunca abro. Quem sabe assim os segundos durem mais do que míseros milésimos.
Passo muito tempo diante do espelho, mas não adianta, não consigo enxergar a minha alma.
Tudo vai muito além de um pedaço de vidro com a minha imagem refletida.
Não! Aquilo que reflete não sou eu, é uma moldura do que um dia, talvez eu possa ser.
Essa imagem refletida pouco me interessa, não é ela que me diz oque fazer. Pra mim, ela é simplesmente uma cópia, muito mal plagiada. Admiro quem consegue ser livre.
Às vezes consigo me livrar de sensações ruins enquanto a água fria escorre por meu corpo. Meu sentimento é expressado em minha lágrima, em meu suor, e até em meu sorriso magoado.
  Tenho a necessidade de soluçar e cuspir palavras. Me faz sentir melhor.
Pra tudo há uma lição, um aprendizado. E eu ainda tenho muito o que aprender.     //Jade K.




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